Em agosto, a produção da indústria de São Paulo caiu 1,0% em relação a julho, impactando negativamente a média global da produção industrial brasileira, que teve um leve crescimento de 0,1% no mesmo período. Essa retração na indústria paulista, que já acumula perdas de 2,4% em dois meses consecutivos, foi influenciada principalmente pelos setores de derivados do petróleo e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos. Apesar disso, a produção atual ainda se encontra 0,6% acima dos níveis pré-pandemia, mas 22,1% abaixo do pico alcançado em março de 2011.
A Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que apenas cinco dos 15 locais analisados apresentaram crescimento na produção industrial entre julho e agosto. A melhora nas condições do mercado de trabalho, com redução da taxa de desemprego e aumento da renda, foi um fator que contribuiu para manter a indústria em território positivo, mesmo que levemente, no mês de agosto.
Entretanto, a alta taxa de juros tem o potencial de limitar os benefícios da recuperação do mercado de trabalho, dificultando um crescimento mais robusto. Além disso, a pesquisa destaca um aumento nas atividades negativas, acendendo um alerta sobre a continuidade da atividade industrial nos próximos meses. As circunstâncias atuais indicam uma necessidade de cautela na análise das tendências futuras da produção industrial no Brasil.