O indicado pelo presidente Lula para a presidência do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou em sabatina no Senado que terá autonomia para tomar decisões, caso seja aprovado. Em um contexto de críticas de Lula às taxas de juros no Brasil, Galípolo enfatizou que suas decisões serão guiadas pelo compromisso com o bem-estar do povo brasileiro. Lula, por sua vez, expressou otimismo quanto à redução das taxas, mesmo após o recente aumento da Selic para 10,75% pelo Comitê de Política Monetária.
A legislação garante a independência do Banco Central, estabelecendo mandatos que não coincidem com o do presidente da República, apesar de ele ter a responsabilidade pelas indicações. Galípolo destacou que em suas reuniões com Lula sempre recebeu garantias de liberdade em suas funções. A aprovação de seu nome pelo Senado é esperada para ocorrer ainda nesta terça-feira, o que poderá levar a uma mudança na política monetária criticada na gestão anterior.
Além das questões econômicas, Lula aproveitou a ocasião para condenar as ações militares em regiões de conflito, como a Faixa de Gaza e o Líbano. Ele reiterou a posição de que o Brasil acolherá refugiados e enfatizou a necessidade de paz mundial. O presidente manifestou sua insatisfação com as hostilidades, destacando o envio de repatriados do Líbano como uma ação humanitária da Força Aérea Brasileira.