Gabriel Galípolo, atualmente diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir a presidência da instituição no lugar de Roberto Campos Neto, cujo mandato se encerra no final deste ano. A indicação de Galípolo passará pelo crivo dos senadores e, segundo o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, a expectativa é que sua aprovação ocorra sem grandes obstáculos. A sabatina, marcada para a terça-feira (8), permitirá que os senadores avaliem a capacidade técnica e a independência do indicado, principalmente em relação a questões como o combate à inflação.
O parecer de Jaques Wagner aponta que Galípolo possui as credenciais necessárias para a posição, destacando sua formação acadêmica sólida e experiência em cargos públicos. O economista, que atuou na campanha de Lula e na equipe de transição, declarou não ter vínculos familiares com servidores do BC, além de não ser sócio de empresas ou responder a processos judiciais. A aprovação da sua indicação no Senado dependerá de uma votação secreta, onde é necessário obter a maioria simples dos votos dos presentes.
A autonomia do Banco Central é um aspecto fundamental do sistema financeiro brasileiro, permitindo que seus diretores cumpram mandatos mesmo sendo indicados pelo presidente da República. Desde o início do seu mandato, Lula tem criticado abertamente o trabalho de Campos Neto, particularmente em relação à desvalorização do real, enfatizando a importância da estabilidade econômica e financeira no país. A função do BC é garantir essa estabilidade, minimizando a variação dos preços e da taxa de desemprego.