Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do Banco Central, foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir a presidência da instituição a partir de 2025. A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado iniciou, nesta terça-feira (8), a sabatina que pode aprovar sua indicação, após a qual será necessária a votação em plenário. Galípolo substitui Roberto Campos Neto, cuja gestão foi criticada pelo presidente Lula, especialmente em relação às decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 10,75% ao ano.
Durante a sabatina, o relator Jaques Wagner apresentará um parecer sobre a capacidade técnica e a isenção do indicado, seguido de uma apresentação de Galípolo e perguntas dos senadores. A expectativa é que os debates abordem a política monetária e os desafios enfrentados pelo Banco Central, como a necessidade de garantir a estabilidade financeira e combater a inflação, ao mesmo tempo em que se considera o impacto da Selic na economia.
Galípolo, que já esteve envolvido na campanha de Lula e na equipe de transição do governo, tem um histórico em economia e já ocupou cargos importantes em instituições do governo de São Paulo. Se aprovado, ele terá um mandato de quatro anos, com o desafio de atuar de forma independente e eficaz na condução da política monetária em um cenário econômico desafiador.