Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do Banco Central, foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para presidir a instituição no período de 2025 a 2029. A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado começou nesta terça-feira (8) a avaliação da indicação, na qual Galípolo passará por uma sabatina para discutir sua capacidade técnica e isenção para o cargo. Caso aprovado, ele substituirá Roberto Campos Neto, cujo mandato se encerra em 31 de dezembro.
O processo de indicação exige aprovação tanto da CAE quanto do plenário do Senado, onde Galípolo deverá obter a maioria dos votos para assumir o cargo em 1º de janeiro de 2025. O economista já é uma figura conhecida no Senado, tendo sido aprovado anteriormente para a diretoria de Política Monetária com 39 votos a favor e 12 contra. Durante a sabatina, espera-se que questões relacionadas à taxa Selic e à gestão de Campos Neto sejam discutidas, refletindo a importância do papel do Banco Central na estabilidade econômica.
Além de seus desafios em manter a autonomia do Banco Central, Galípolo precisará enfrentar a inflação e decidir sobre a taxa básica de juros em um cenário econômico delicado. Com a Selic atualmente em 10,75% ao ano, sua condução terá impactos diretos no crédito, investimentos e na atividade econômica do país. O sucesso de sua gestão será avaliado não apenas pela capacidade de controle da inflação, mas também pela habilidade de equilibrar as demandas do mercado e as diretrizes econômicas do governo.