O primeiro-ministro da Índia expressou ao presidente da Rússia, durante a cúpula do BRICS, o desejo de paz na Ucrânia, destacando a disposição de Nova Délhi em auxiliar na busca por uma trégua no conflito. O encontro ocorre em um momento em que a Rússia tenta reforçar sua influência em um cenário global, após a tentativa de isolamento promovida pelos Estados Unidos e seus aliados. A cúpula do BRICS reúne líderes de países que representam uma parte significativa da população e da economia mundial, destacando o crescente papel de nações não ocidentais no contexto internacional.
Putin, que está sob críticas do Ocidente, reafirmou sua posição em relação às regiões ucranianas que considera parte da Rússia e manifestou que os interesses de segurança de Moscou precisam ser levados em conta nas negociações. A discussão sobre um possível acordo de cessar-fogo está em pauta, mas ainda sem avanços concretos, com a expectativa de como a eleição presidencial nos Estados Unidos pode influenciar o futuro do conflito. A relação entre a Índia e a China, que são grandes importadores de petróleo russo, também gera preocupações sobre a dinâmica do BRICS.
A cúpula do BRICS ocorre em um momento de tensões globais, incluindo conflitos no Oriente Médio e uma economia chinesa em dificuldades. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou sua participação na cúpula por motivos de saúde, enquanto Putin se reuniu com líderes de outros países para discutir a mediação do conflito na Ucrânia. A dinâmica entre os membros do BRICS e a sua expansão traz desafios e expectativas em relação à eficácia do grupo em lidar com questões globais complexas.