Franceses lutam judicialmente por uma indenização mais justa após a morte da filha de 11 anos, que foi diagnosticada com leucemia. O Fundo de Indenização às Vítimas de Pesticidas da França reconheceu pela primeira vez a relação entre a doença da menina e a exposição pré-natal da mãe a pesticidas utilizados em flores. Laure Marivain, mãe da criança, trabalhou como florista e, sem saber dos riscos, manuseava flores contaminadas, o que pode ter impactado a saúde de sua filha.
Emmy nasceu com complicações de saúde e, ao longo dos anos, apresentou sintomas preocupantes, que culminaram no diagnóstico de leucemia linfoblástica aguda. Após uma longa batalha contra a doença, a menina faleceu, e a mãe decidiu buscar informações sobre os potenciais riscos relacionados ao seu trabalho. A pesquisa revelou que flores podem conter até 43 pesticidas diferentes, substâncias tóxicas utilizadas para preservar as plantas.
A luta de Laure continua não apenas por justiça para sua filha, mas também para alertar a sociedade sobre os perigos das substâncias químicas em flores. Embora a legislação atual não proteja adequadamente os trabalhadores do setor, o caso de Emmy chamou a atenção para a necessidade de regulamentações mais rigorosas em relação ao uso de pesticidas na Europa. O estado francês reconheceu até agora cinco casos semelhantes, mas especialistas alertam que muitos casos de doenças neonatais decorrentes de exposição a pesticidas ainda não são identificados.