Com a chegada do verão na Argentina, as altas temperaturas e o aumento da probabilidade de incêndios florestais têm gerado preocupação nas comunidades locais, que se mobilizam para protestar contra a significativa redução de recursos destinados à proteção das florestas. Em Córdoba, por exemplo, moradores têm se unido a bombeiros, transportando água e suprimentos para combater incêndios devastadores que já consumiram milhares de hectares, superando as estatísticas do ano anterior. Apesar de a época ser conhecida por incêndios florestais, a população local enfatiza que muitos desses eventos são evitáveis e exige ações preventivas mais eficazes.
As experiências de cidadãos como Cintia Cruz e Ariel Barranca refletem a urgência da situação. Moradores da região de San Esteban, eles foram afetados diretamente pelos incêndios, que devastaram suas casas. Mesmo após a destruição, eles se uniram a brigadistas, tentando combater as chamas e ajudando vizinhos a evacuarem. A resposta das autoridades, embora reconhecida, foi considerada tardia e insuficiente, e a falta de ações preventivas efetivas e orçamentos adequados se torna cada vez mais evidente.
Em meio a essa crise, o governo anunciou a dissolução do Fundo Financeiro para a Proteção Ambiental das Florestas Nativas, o que gerou críticas em relação à insuficiência de políticas de prevenção de incêndios. Apesar de um aumento na declaração de emergência, os dados mostram uma queda significativa no orçamento destinado ao meio ambiente, resultando em um impacto negativo sobre os serviços de prevenção e combate a incêndios. Moradores e ativistas se organizam para exigir mudanças e alertar sobre a necessidade de uma abordagem mais proativa na proteção das florestas e prevenção de incêndios, enfatizando que o fortalecimento das políticas públicas é essencial para evitar futuras tragédias.