Há 20 dias, um incêndio atinge a Terra Indígena Alto Turiaçu, no Maranhão, devastando cerca de 25 mil hectares de floresta, incluindo árvores centenárias. O Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) e equipes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), juntamente com indígenas, estão trabalhando intensamente para controlar as chamas. A expectativa é que o fogo seja contido em três a quatro dias, com monitoramento contínuo das áreas afetadas.
A seca prolongada, com três meses sem chuvas, contribuiu para a rápida propagação das chamas, tornando a vegetação altamente inflamável. As equipes enfrentam desafios logísticos, como a escassez de água, pois a fonte mais próxima está a 15 km de distância. Os combatentes têm acampado na mata para otimizar os esforços, evitando deslocamentos que possam atrasar o trabalho.
O incêndio, que também afeta a fauna local e as plantações da região, é atribuído, segundo líderes indígenas, a práticas de pesca que envolvem o uso do fogo. As consequências do incêndio são graves, não apenas para o meio ambiente, mas também para as cerca de 4 mil pessoas das etnias Kaapor e Awá-Guajá que habitam a região. O trabalho das equipes de combate é crucial para proteger tanto a biodiversidade da floresta quanto a vida dos indígenas locais.