No dia 11 de outubro de 2024, imagens capturadas por satélites da Nasa mostraram a Grande São Paulo iluminada, mas a situação mudou drasticamente no dia seguinte devido a uma tempestade intensa. Processadas pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (LAPIS), as imagens revelaram uma diminuição no brilho da região, que foi menos intensa no dia 12, refletindo os efeitos da umidade atmosférica pós-tempestade. O apagão, resultado das condições climáticas adversas, afetou severamente a área metropolitana, com 537 mil imóveis sem energia até o dia 14 de outubro.
O pesquisador Humberto Barbosa, do LAPIS, destacou que a formação da tempestade foi influenciada por fatores como a umidade na atmosfera e um sistema de baixa pressão. Ele observou que os pontos mais escuros nas imagens correspondem às regiões mais afetadas pelo apagão. Ao longo de 70 horas sem energia, as condições continuaram críticas, com a periferia da cidade sendo a mais impactada. A Defesa Civil relatou sete mortes devido ao evento, enquanto a concessionária Enel Distribuição SP se esforçava para restabelecer o fornecimento de eletricidade.
A Enel informou que, em acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o restabelecimento total da energia seria realizado em um prazo de três dias. Para minimizar o impacto nas áreas críticas, a empresa disponibilizou 500 geradores, priorizando serviços essenciais como hospitais. No entanto, a dificuldade de comunicação e a falta de atendimento ao cliente intensificaram a frustração entre os moradores, que buscaram ajuda diretamente com os técnicos da empresa nas ruas.