Em um dia marcado por uma leve retração, o Ibovespa encerrou suas atividades em baixa de 0,73%, totalizando 130.793,41 pontos, após três dias de valorização. A sessão começou otimista, atingindo uma máxima de 131.715,84 pontos, mas a expectativa frustrada de novas medidas de estímulo econômico na China levou a uma queda significativa, fazendo com que o índice operasse até abaixo dos 130 mil pontos. O volume financeiro também diminuiu, totalizando R$ 17,8 bilhões, influenciado pelo vencimento de opções sobre o índice.
As ações de maior peso no índice apresentaram desempenho misto, com destaque negativo para a Vale, que caiu 2,53%, acompanhando a forte correção nos preços do minério de ferro, especialmente após a coletiva de imprensa do Ministério da Habitação da China, que não trouxe anúncios de estímulos fiscais concretos. Em contrapartida, as ações de instituições financeiras como Itaú e Bradesco conseguiram se desvincular da tendência negativa do mercado, apresentando leves altas.
A deterioração do cenário também foi impulsionada pelo aumento das taxas de juros de longo prazo no Brasil, afetando principalmente as ações de setores cíclicos e de consumo. A combinação de fatores internos e externos, como a instabilidade do câmbio e as preocupações com a demanda global por commodities, teve um impacto significativo sobre o desempenho do índice. O dólar fechou em leve queda, indicando uma relativa estabilidade nas negociações cambiais, mas a pressão sobre o mercado de ações continuou.