O Ibovespa continuou sua trajetória negativa, fechando a quinta sessão consecutiva em baixa, o que o levou a valores inferiores a 129 mil pontos, um nível não visto desde agosto. Na quarta-feira (23), o índice oscilou entre 128.589,13 e 129.949,20 pontos, encerrando com uma perda de 0,55%, enquanto o giro financeiro atingiu R$ 17,7 bilhões. Ao longo da semana, o índice apresentou uma queda de 0,97% e, no acumulado do mês, a retração foi de 1,96%, totalizando 3,69% de perda desde o início do ano.
As incertezas fiscais internas continuam a impactar o mercado, com a situação econômica levando a uma volatilidade crescente. O câmbio permanece próximo de R$ 5,70, e a curva do DI reflete esse cenário de cautela. Além disso, as ações de grandes empresas como Vale e Petrobras apresentaram quedas, enquanto alguns bancos, considerados mais defensivos, conseguiram registrar pequenas altas.
Na contramão do mercado, ações como IRB, Carrefour e Cogna destacaram-se com ganhos significativos. No entanto, a situação fiscal do Brasil permanece sob escrutínio, especialmente com a resistência a cortes de gastos no governo, o que complicará a atuação da equipe econômica. A incerteza quanto ao futuro das políticas públicas, como seguro-desemprego e abono salarial, que exigem gastos elevados, preocupa os investidores e pode influenciar as decisões do Banco Central em relação à taxa Selic.