O Ibovespa enfrentou uma nova queda, fechando abaixo dos 129 mil pontos pela quinta sessão consecutiva, com uma perda de 0,55%, aos 129.233,11 pontos. O movimento é reflexo da pressão negativa observada nos mercados de ações de Nova York e dos desafios econômicos locais. Os principais setores afetados foram as commodities, como minério de ferro e petróleo, impactando negativamente as ações de empresas como Vale e Petrobras. Apesar disso, algumas instituições financeiras, como Itaú e Santander, apresentaram desempenho positivo em um cenário de maior cautela.
As incertezas em torno das decisões do Federal Reserve e o impacto da eleição presidencial americana geram um ambiente volátil, com investidores cautelosos. O próximo relatório de atividade (PMI) é aguardado com expectativa, especialmente após o Livro Bege que destacou um aumento no emprego, mas também um crescimento nos preços de insumos, sugerindo possíveis pressões inflacionárias. Analistas alertam que essas dinâmicas podem influenciar as decisões de juros do Fed, o que, por sua vez, afeta a percepção de risco no Brasil.
Adicionalmente, o cenário fiscal interno continua sendo uma preocupação, com a equipe econômica enfrentando resistência em sua tentativa de implementar cortes de gastos. O Ministério do Trabalho, responsável por importantes políticas sociais, está sob análise, refletindo a necessidade de equilíbrio fiscal. Com a curva de juros doméstica avançando em todos os vértices, as expectativas de aumento da Selic se intensificam, provocando inquietação entre investidores locais e internacionais, que monitoram de perto a situação fiscal do país.