O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) solicitou novos esclarecimentos à Petrobras sobre o licenciamento ambiental necessário para a perfuração de poços na Bacia da Foz do Amazonas. Embora tenha reconhecido avanços na documentação apresentada pela empresa, o Ibama apontou a necessidade de mais detalhes sobre a adequação do plano de proteção à fauna, incluindo a presença de veterinários e o número de helicópteros para emergências. A área em questão é parte da Margem Equatorial, que abriga blocos com potencial de exploração, sendo um foco de controvérsias entre a Petrobras e o órgão ambiental.
O histórico de exploração na Margem Equatorial é longo, com mais de 700 poços perfurados desde a década de 80, mas a maioria sem resultados significativos. Recentemente, a Petrobras recebeu uma licença negada para atividades no bloco FZA-M-59, e a discussão sobre a viabilidade da exploração na região se intensificou com a nova direção da estatal e o apoio de autoridades governamentais. O plano estratégico da Petrobras para os próximos anos inclui investimentos substanciais e a perfuração de novos poços, com foco na expansão de suas atividades na região.
Entretanto, a questão ambiental é uma preocupação central. Relatórios indicam que, em caso de acidente, o tempo de resposta para conter vazamentos é significativamente longo, o que poderia agravar os impactos ambientais. Além disso, pesquisas recentes sugerem que não são necessários novos projetos de combustíveis fósseis para cumprir as metas climáticas globais, levantando questionamentos sobre a necessidade de continuar investindo na exploração de petróleo. O Brasil já possui reservas comprovadas suficientes para garantir a exploração até a transição energética, tornando a discussão sobre a viabilidade da exploração na Bacia da Foz do Amazonas ainda mais relevante.