A exploração de petróleo na costa brasileira é uma das prioridades da Petrobras, que planeja investir US$ 3,1 bilhões na perfuração de 16 poços na Margem Equatorial entre 2024 e 2028. A região da Foz da Bacia do Amazonas é um dos focos principais, com um projeto para perfuração a 170 km da costa do Amapá. No entanto, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) indeferiu o pedido da empresa para a concessão da licença de Avaliação Pré-Operacional (APO), exigindo informações adicionais sobre as medidas de mitigação de impactos ambientais.
O Ibama já havia negado um pedido similar em maio do ano passado, citando a falta de um plano adequado para responder a potenciais acidentes, o que aumentaria o risco de contaminação na costa. A proposta da Petrobras foi considerada insuficiente devido à sensibilidade ambiental da área e à sua biodiversidade rica. Os ministros do Meio Ambiente e de Minas e Energia divergem sobre a questão, destacando a complexidade do processo de licenciamento.
Enquanto isso, o governo reafirma seu compromisso com a exploração na Margem Equatorial, mesmo diante das dificuldades enfrentadas. A situação destaca a necessidade de um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental, com o Ibama prometendo uma análise técnica cuidadosa das condições propostas para a exploração de petróleo na região.