O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) indeferiu mais um pedido da Petrobras para exploração de petróleo na região da Foz da Bacia do Amazonas. A decisão não apenas se aplica à atividade na Margem Equatorial, mas também exige que a empresa forneça informações adicionais sobre seus planos. A Petrobras planeja investir US$ 3,1 bilhões na perfuração de 16 poços na Margem Equatorial entre 2024 e 2028, com foco na área da Foz do Amazonas, a cerca de 170 km da costa do Amapá.
A negação anterior ao pedido da Petrobras, ocorrida em maio do ano passado, gerou um embate entre membros do governo sobre os impactos ambientais da exploração. O Ibama levantou preocupações sobre a resposta a eventuais acidentes, destacando que embarcações poderiam levar até 48 horas para chegar ao local, aumentando o risco de contaminação da costa brasileira. Na análise atual, o órgão reiterou suas preocupações sobre os riscos à biodiversidade e a sensibilidade ambiental da área.
A avaliação técnica do Ibama levou em consideração a magnitude e a persistência dos impactos, além da importância da área para a biodiversidade. O órgão se comprometeu a realizar uma análise detalhada e cautelosa, enfatizando a necessidade de proteger o meio ambiente na região. Essa decisão está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, que buscam promover práticas responsáveis e a ação global contra mudanças climáticas.