As ações da Hypera (HYPE3) sofreram uma queda significativa nesta quinta-feira (31), caindo mais de 4% após a EMS ter retirado a proposta de fusão que havia sido anunciada em 21 de outubro. O banco JPMorgan ressaltou que essa retirada não era uma surpresa, uma vez que o conselho da Hypera já havia rejeitado a proposta na semana anterior. Além disso, a probabilidade de aprovação da fusão por meio de voto dos acionistas era considerada baixa, visto que seria necessário o apoio de uma porcentagem elevada, e a EMS não demonstrou disposição para aumentar a oferta após a rejeição inicial.
Os analistas do JPMorgan indicaram que as negociações das ações da Hypera devem se concentrar em seus fundamentos, que devem continuar fracos no curto prazo, com uma melhora esperada apenas a partir do segundo trimestre do próximo ano. O banco manteve uma visão otimista sobre o valor intrínseco das ações, reiterando a recomendação de compra e estabelecendo um preço-alvo de R$ 36. Em contrapartida, a equipe do Itaú BBA comentou que a fusão não era uma certeza, especialmente considerando a diferença nos portfólios das duas empresas e a complexidade que isso poderia trazer.
Além disso, o Itaú BBA destacou que a implementação bem-sucedida do plano de otimização de capital de giro pela Hypera poderia resultar em um fluxo de caixa mais robusto, aumentando o valor patrimonial da empresa no longo prazo. Contudo, a fusão entre a Hypera e a EMS poderia gerar uma estrutura de governança complexa, diluindo a influência dos acionistas principais da Hypera na nova companhia, o que levanta preocupações sobre o futuro da gestão após a combinação das duas entidades.