O Climate Finance Hub, lançado em um evento na Anbima em São Paulo, visa criar um sistema padronizado para mensurar o impacto climático das organizações em diversos setores, facilitando a tomada de decisões no setor financeiro. Com a crescente pressão sobre as empresas para que abordem a questão climática, iniciativas como a resolução 193 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) destacam a necessidade de relatórios que sigam normas internacionais, como as IFRS S1 e S2, a partir de 2026. Essa regulamentação exige que empresas listadas na Bolsa divulguem informações sobre riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade.
O Hub se propõe a ser uma plataforma abrangente para a análise de transição climática e capacitação de analistas, promovendo a comparabilidade das ações climáticas das empresas. Com isso, busca apoiar o setor financeiro na realização de decisões mais informadas e alinhadas a uma economia de baixo carbono. A metodologia utilizada para a análise de dados é a Accelerate Climate Transition (ACT), adaptada ao contexto brasileiro, e fundamentada na plataforma TransitionArc da Climate Arc.
Líderes do setor, como Joaquim Levy e Maria Netto, enfatizam o potencial do Brasil em relação à transição climática, mas também reconhecem os desafios em demonstrar os esforços de descarbonização. Embora o sistema financeiro e reguladores tenham feito progressos significativos, a criação de uma ferramenta de relato eficiente, como proposta pelo Hub, é vista como fundamental para aprimorar a transparência e a comunicação sobre práticas sustentáveis no país.