O Ministério de Minas e Energia deve anunciar na quarta-feira (16) se o horário de verão será implantado novamente ainda este ano. O ministro Alexandre Silveira aguarda dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) que analisam a viabilidade dessa medida. Segundo informações de fontes governamentais, a volta do horário de verão só ocorrerá se for estritamente necessária. O ONS já indicou em nota técnica que a implementação do horário de verão poderia trazer eficiência ao Sistema Interligado Nacional, especialmente durante os horários de pico.
Uma das vantagens da adoção do horário de verão seria a possibilidade de atrasar em até duas horas o pico de consumo noturno, contribuindo para uma redução de até 2,9% na demanda máxima e uma economia aproximada de R$ 400 milhões entre outubro e fevereiro. Contudo, o ONS alertou sobre uma piora nas condições de fornecimento de energia nos próximos meses, com previsões de armazenamento de água em reservatórios abaixo da média histórica, o que acendeu o alerta para possíveis impactos no sistema elétrico.
Atualmente, devido à estiagem, as contas de luz enfrentam bandeira vermelha 2, o que implica em um custo mais elevado da eletricidade. Embora especialistas do setor afirmem que não há risco iminente de falta de energia, os preços elevados são um reflexo da situação atual. O ONS ainda destacou que, se mantido até 2028, o horário de verão poderia resultar em uma economia anual de R$ 1,8 bilhão ao reduzir a necessidade de acionamento das termoelétricas.