O Ministério de Minas e Energia deve anunciar hoje a possibilidade de retorno do horário de verão, dependendo da análise do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O ministro Alexandre Silveira aguarda dados adicionais sobre a viabilidade dessa medida, que, segundo a avaliação do ONS, poderia aumentar a eficiência do Sistema Interligado Nacional, especialmente durante o horário de pico entre 18h e 20h. Um retorno ao horário de verão poderia adiar o consumo máximo em até duas horas, proporcionando uma redução na demanda e uma economia operacional estimada em R$ 400 milhões entre outubro e fevereiro.
Em reuniões recentes, o ONS alertou sobre a deterioração das condições de fornecimento de energia nos próximos meses, prevendo que os níveis de água nos reservatórios das hidrelétricas ficarão abaixo da média histórica. A falta de chuvas tem resultado em contas de luz sob a bandeira vermelha 2, que implica um sobrepreço na eletricidade. Embora especialistas afirmem que não há risco iminente de apagões como os registrados em 2021, o aumento no custo da energia continua sendo uma preocupação para o governo.
A longo prazo, o ONS sugere que a manutenção do horário de verão até 2028 poderia resultar em uma economia de R$ 1,8 bilhão por ano, ao evitar o acionamento frequente das termoelétricas. A decisão sobre a implementação da medida será divulgada nesta quarta-feira, 16 de outubro, gerando expectativas em diversos setores da economia e entre os consumidores.