Um homem foi condenado a 16 anos e seis meses de prisão por participar do homicídio de uma travesti em Fortaleza, ocorrido em fevereiro de 2017. O crime, classificado como homicídio triplamente qualificado, envolveu uma série de agressões físicas, incluindo o uso de uma faca para ferir a vítima, que faleceu devido a hemorragia abdominal. A condenação ocorreu após a análise do Ministério Público, que destacou a motivação transfóbica por trás do ato de violência.
Durante o júri, o promotor enfatizou a crueldade do crime, afirmando que a vítima foi submetida a intenso sofrimento físico e psicológico. Além da pena de prisão, o condenado foi obrigado a pagar uma indenização de R$ 20 mil à família da vítima. O caso trouxe à tona a realidade alarmante da violência contra pessoas trans e travestis no Ceará, que é um dos estados brasileiros com os maiores índices de homicídios dessa população.
O assassinato da vítima ocorreu apenas dez dias após a morte de outra travesti em circunstâncias semelhantes, o que gerou repercussão nacional e internacional. A violência contra a comunidade LGBTQIA+ continua a ser uma questão séria, com muitos casos permanecendo subnotificados, o que evidencia a necessidade de maior atenção e proteção para essas pessoas em situação de vulnerabilidade.