A retirada israelense do Líbano em 2000 resultou em um governo libanês fraco e vulnerável, facilitando a ascensão do Hezbollah, que recebeu apoio do Irã. A presença da milícia no sul do país se intensificou após a invasão israelense nos anos 1980, quando grupos xiitas, motivados pela resistência à ocupação, começaram a se organizar. O Hezbollah, fundado oficialmente em 1985, rapidamente se tornou a principal força militar da nação, além de ampliar sua influência política, garantindo um papel significativo no governo libanês.
A guerra civil libanesa, que começou em 1975, foi marcada por tensões sectárias e pela presença militar palestina, o que exacerbou os conflitos internos. O descontentamento com a ocupação israelense e a resposta a ataques de grupos palestinos motivaram as incursões de Israel em 1978 e 1982. Essas ações culminaram em eventos trágicos, como os massacres em campos de refugiados, que geraram uma crítica internacional à conduta israelense e resultaram na retirada das tropas de Beirute.
Nos anos seguintes, mesmo após o fim da guerra civil em 1990, o Hezbollah continuou a desempenhar um papel ativo tanto militar quanto político no Líbano, participando de eleições e expandindo sua base de apoio. As tensões entre Israel, Hezbollah e Irã continuam a ser um tema central na geopolítica da região, com o Hezbollah mantendo seu arsenal e suas posturas em relação a Israel, evidenciando um ciclo de conflitos que perdura por décadas.