A história dos Estados Unidos é marcada pela expansão territorial e pela formação de uma relação complexa com a América Latina, especialmente após a Guerra Mexicano-Americana, que resultou na incorporação de vastas áreas anteriormente pertencentes ao México. Essa expansão não apenas transformou o território, mas também contribuiu para a inserção da cultura latino-americana na sociedade norte-americana. Com o tempo, a população hispânica e latina tornou-se a maior minoria do país, representando mais de 18% da população e, com 36 milhões de eleitores registrados, sua influência no cenário político se torna cada vez mais significativa.
Recentemente, comentários de figuras públicas geraram controvérsias em relação à comunidade latina, ressaltando a polarização e a necessidade de os partidos políticos se conectarem com esse eleitorado diversificado. A desavença surge em um contexto em que, nas eleições de 2020, imigrantes de países autoritários votaram em massa em um candidato republicano, enquanto a comunidade mexicana no Arizona optou por um candidato democrata, evidenciando a heterogeneidade entre os latinos e seus interesses políticos variados.
À medida que se aproximam as eleições de 2024, a importância do voto latino se torna clara, principalmente em estados decisivos como Arizona, Nevada, Pensilvânia e Michigan. A crescente participação eleitoral desse grupo demográfico, que já inclui quase 4 milhões de novos eleitores desde 2020, mostra que tanto os partidos republicano quanto democrata devem se adaptar e considerar as diversas prioridades desse eleitorado. O futuro político dos Estados Unidos poderá depender significativamente do modo como as necessidades e desejos da população latina forem reconhecidos e atendidos.