O Halloween, celebrado em 31 de outubro, tem suas raízes em um festival pagão do Reino Unido, o Samhain, que marcava o fim do verão e a abundância após a colheita. O termo “Halloween” deriva de “All Hallows Eve”, ou véspera de Todos os Santos, uma data cristã estabelecida pelo papa Gregório III no século 8. Com o tempo, as tradições pagãs se misturaram às celebrações cristãs, dando origem a práticas que incluem fogueiras, rituais de adivinhação e a distribuição de bolos em troca de orações pelas almas dos mortos.
A festa moderna de Halloween começou a se formar entre os séculos 16 e 18, quando a imigração irlandesa para os Estados Unidos trouxe suas tradições. Nesse contexto, o uso de abóboras esculpidas, que se tornaram símbolos do Halloween americano, substituiu o nabo, popular no Reino Unido. O evento também ganhou novas características, como o costume de “doces ou travessuras”, que se consolidou na cultura americana a partir dos anos 1920. A festividade passou a refletir tanto o medo quanto a celebração, unindo elementos de morte e romance.
Hoje, o Halloween é o maior feriado não cristão nos Estados Unidos, superando datas como o Dia dos Namorados em vendas de chocolates. Com a crescente popularidade, a festa se espalhou para outros países, incluindo o Brasil, onde o Dia do Saci é comemorado na mesma data, buscando resgatar figuras do folclore nacional. O Halloween atual permite que adultos explorem seus medos e fantasias, servindo como uma oportunidade de subversão das normas sociais e de celebração das dualidades da vida.