O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou como uma “forçação boba” os repetidos questionamentos da imprensa sobre o pacote de cortes de gastos que o governo pretende apresentar ao Congresso Nacional. Durante um evento em Brasília, Haddad se mostrou impaciente com as insistências dos jornalistas e reafirmou que não é assim que as questões orçamentárias funcionam. A falta de detalhes sobre as medidas, que ainda estão em discussão, tem gerado incertezas no mercado, com agentes econômicos pedindo ações que garantam a sustentabilidade das regras fiscais.
Na terça-feira, Haddad afirmou que não havia um prazo definido para a apresentação das propostas, o que resultou em uma alta significativa do dólar, alcançando seu maior valor em três anos. Apesar disso, ele buscou acalmar os ânimos ao afirmar que existe uma convergência entre os ministros sobre a necessidade de respeitar as normas fiscais, destacando que está alinhado com a Casa Civil para preparar um projeto a ser enviado ao Congresso.
O ministro também comentou a recente reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO), que não trouxe novas definições. Haddad indicou que a proposta que está sendo formulada pode ser uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), embora ainda precise ser redigida. Enquanto o governo trabalha nas medidas, a expectativa do mercado permanece em alta, em busca de clareza sobre as futuras diretrizes fiscais.