Na reta final da eleição nos Estados Unidos, a disputa entre os candidatos se intensifica, com Kamala Harris se posicionando como potencial primeira mulher presidente do país. A campanha, no entanto, está sendo marcada por uma série de comentários misóginos e machistas, especialmente por parte de opositores republicanos, que buscam deslegitimar a candidatura da democrata. Apesar de evitar abordar diretamente a questão de gênero, Harris enfrenta uma onda de ataques que refletem uma polarização significativa no eleitorado.
A pesquisa revela que 55% das mulheres apoiam Harris, enquanto apenas 41% optam pelo candidato republicano. Em contrapartida, a maioria dos homens parece apoiar Trump, com 56% de seu eleitorado masculino. Este cenário evidencia uma guerra de gêneros que permeia a campanha, com reações de figuras públicas e eleitoras que se opõem aos comentários depreciativos feitos por Trump e seu parceiro de chapa. Celebridades como Jennifer Aniston e Taylor Swift se manifestaram em defesa de Harris, demonstrando um engajamento crescente entre mulheres em resposta aos ataques.
Por fim, a questão do aborto também é central neste contexto, com Trump tentando atrair eleitoras após uma série de mudanças em sua posição sobre direitos reprodutivos. No entanto, essa estratégia é vista como inconsistente e vulnerável, enquanto Harris continua a receber apoio crescente entre homens negros, indicando uma possível mudança nas dinâmicas eleitorais. Especialistas observam que, apesar das barreiras de gênero, a experiência e a abordagem de Harris na campanha podem oferecer uma resposta firme a uma cultura política ainda dominada por estereótipos masculinos.