O grupo de empresas conhecido como Fiji foi condenado por fraudes contra o sistema financeiro e pela oferta de contratos de investimentos sem o devido registro na Comissão de Valores Mobiliários. Com sede em Campina Grande, a empresa Fiji Solutions estava sob investigação da Polícia Federal por captar recursos de clientes com a promessa de lucros expressivos através de operações de compra e venda de criptomoedas. A decisão judicial, proferida pela 4ª Vara da Justiça Federal, resultou em penas de 25 anos e 2 meses para um dos sócios, enquanto os outros dois receberam sentenças de 14 anos e 8 meses.
As investigações revelaram que as operações da Fiji não geraram os lucros prometidos e que os valores captados eram utilizados para pagar investidores anteriores, configurando um esquema de pirâmide financeira. O montante movimentado pelo grupo foi estimado em cerca de R$ 301 milhões, e a Justiça determinou a reposição de R$ 34 milhões, conforme apurações realizadas. Os sócios, que administravam as atividades da empresa, tiveram seus bens bloqueados em uma ação anterior, e a operação policial deflagrada em junho de 2023 aprofundou as investigações sobre os crimes financeiros praticados.
Além das condenações, o caso chamou a atenção para a falta de regulamentação no setor de criptomoedas e a vulnerabilidade de investidores em esquemas fraudulentos. A empresa Fiji Solutions, que oferecia gestão de contratos de criptomoedas, enfrentou dificuldades financeiras e não cumpriu com os pagamentos devidos aos clientes, levando a ações do Ministério Público. O cenário evidencia a necessidade de maior fiscalização e proteção aos investidores no crescente mercado de criptomoedas.