O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está pressionando empregadores portuários a aumentarem suas ofertas para resolver um impasse trabalhista com os estivadores que entraram em greve, afetando significativamente o transporte marítimo no país. A greve da Associação Internacional dos Estivadores (ILA) já dura dois dias e paralisou operações em 36 portos, de Maine a Texas, comprometendo a movimentação de diversas mercadorias essenciais, como alimentos e automóveis. Especialistas estimam que essa interrupção pode resultar em perdas econômicas diárias de cerca de US$ 5 bilhões.
A greve, que é a primeira grande paralisação da ILA desde 1977, começou após o fracasso das negociações com a Aliança Marítima dos Estados Unidos (USMX) para um novo contrato de seis anos. Apesar da proposta de aumento salarial de 50% feita pela USMX, a liderança da ILA busca melhores condições, incluindo um aumento adicional de US$ 5 por hora e a proteção de empregos frente à automação. Os trabalhadores têm demonstrado determinação em manter a greve até que suas demandas sejam atendidas, com protestos em diversos locais, como no terminal marítimo de Elizabeth, em Nova Jersey.
Os varejistas estão implementando estratégias para mitigar os impactos da greve, já que respondem por cerca de metade do volume de transporte de contêineres. A situação tem gerado preocupações em setores que dependem do transporte marítimo para suas operações, refletindo um desafio significativo para a cadeia de suprimentos nos Estados Unidos. A Casa Branca, além de monitorar a situação, está atenta a possíveis manipulações de preços que possam beneficiar os transportadores estrangeiros, enquanto busca soluções para a crise trabalhista em curso.