O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a realização de uma auditoria pela Controladoria Geral da União (CGU) para investigar as causas do recente apagão de energia elétrica que afetou a região metropolitana de São Paulo. Até a última atualização da Enel, cerca de 400 mil unidades consumidoras permaneciam sem luz desde a última sexta-feira (12), em decorrência de fortes chuvas e ventos que superaram 100 km/h. O ministro da CGU, Vinícius de Carvalho, afirmou que a investigação buscará entender a extensão das falhas, tanto na fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) quanto na própria empresa fornecedora.
Além da falta de energia, o apagão impactou também o abastecimento de água em diversas áreas, devido ao desligamento de bombas da Sabesp. O governo federal exigirá da Enel um ressarcimento pelos danos causados aos consumidores, e orientações foram dadas para que aqueles com eletrodomésticos ou medicamentos danificados guardem as notas fiscais. O titular da Secretaria Nacional de Direito do Consumidor (Senacon), Wadih Damous, informou que a pasta aplicou uma multa de R$ 13 milhões à Enel no passado e que agora se reunirá com o Procon para apoiar os consumidores afetados.
Damous também notificou a Prefeitura de São Paulo para esclarecer questões relacionadas à poda de árvores, uma vez que a tempestade derrubou árvores que danificaram postes e fios elétricos. A Enel argumentou que a recuperação do serviço depende da remoção dessas árvores. O governo está estabelecendo um prazo de até três dias para a restauração total da energia, desafiando a afirmação da empresa sobre a falta de uma previsão concreta para o restabelecimento do serviço.