Após as eleições municipais, a equipe econômica do governo está se preparando para apresentar um pacote de cortes de gastos estruturais ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O objetivo é garantir a credibilidade fiscal, com cortes estimados entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões. As medidas visam que o ajuste fiscal corresponda a aproximadamente 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), com discussões já iniciadas entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente.
Em reuniões recentes, foi destacado que duas medidas específicas podem resultar em uma economia de até R$ 48 bilhões no próximo ano, abordando áreas como abono salarial, Benefício de Prestação Continuada (BPC) e seguro-desemprego. O governo pretende finalizar as propostas até o início de novembro, com a intenção de aprová-las ainda neste ano no Congresso Nacional. A meta é fechar 2025 com um déficit primário zero, equilibrando gastos e arrecadação, com a possibilidade de um pequeno superávit.
A decisão de reduzir despesas surge após a constatação de que a busca por ajustes fiscais por meio do aumento da receita está se esgotando. Assim, o governo enfrenta o desafio de implementar cortes em um cenário que, até então, vinha focando no aumento da arrecadação. A equipe econômica, portanto, se prepara para enfrentar o complexo processo de contenção de gastos, vital para a sustentabilidade das contas públicas.