O governo brasileiro se encontra em uma situação fiscal delicada, onde os gastos superam constantemente as receitas. Recentemente, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, admitiu que a solução para o problema fiscal do país não deve ser buscada apenas no aumento da arrecadação. Esse reconhecimento aponta para a necessidade urgente de uma revisão dos gastos públicos, algo que deve ser encarado de maneira séria.
Entretanto, a própria administração é vista como parte do problema. Ao vincular os gastos a receitas e promover a valorização do salário mínimo, o governo tem ampliado os gastos sociais, dificultando a contenção das despesas. Apesar das promessas de revisão, a ministra indicou que houve uma proibição por parte do presidente Lula de discutir ajustes relacionados à valorização do salário mínimo, o que revela uma resistência em alterar políticas previamente implementadas.
Os ministros têm enfatizado a necessidade de revisar gastos estruturais, incluindo os altos salários de alguns funcionários, mas a efetividade dessas medidas ainda é incerta. Após as eleições, o governo promete anunciar cortes prioritários, mas a estratégia de convencimento do presidente para reverter a própria armadilha fiscal criada permanece como um desafio significativo.