Técnicos do governo do Rio de Janeiro e da União foram convocados pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, para chegar a um acordo sobre os juros da dívida do estado em um prazo de 30 dias. A audiência de conciliação contou com a presença do governador do Rio, que expressou a necessidade de reduzir a carga de juros sem questionar o montante principal da dívida, que totaliza cerca de R$ 196 bilhões, sendo R$ 160 bilhões devidos à União. O governador argumentou que a dívida se tornou insustentável, afirmando que o estado já pagou valores significativos.
Caso não se alcance um consenso durante o período estipulado, o ministro Toffoli tomará uma decisão judicial sobre o assunto. Durante a reunião, o governador mencionou que a dívida atual representa aproximadamente 211% da receita corrente líquida do estado e que a parcela de juros poderia alcançar 12 a 13% se paga integralmente. Ele também destacou que um aumento de 30 pontos percentuais na parcela, aplicado anteriormente como punição por descumprimento de um plano de recuperação fiscal, foi suspenso por Toffoli.
A proposta de um perdão total da dívida foi descartada pelo governador, que enfatizou que isso enviaria uma mensagem negativa. Em vez disso, ele busca uma solução que considere a sustentabilidade financeira do estado, tendo em vista que os valores em questão são considerados excessivos e inviáveis. A situação permanece delicada, com a urgência de uma solução que evite um agravamento da crise fiscal do estado.