O governo federal está se preparando para anunciar, na próxima semana, um conjunto de medidas que visam reduzir as despesas em 2025, buscando não apenas o cumprimento das regras fiscais no curto prazo, mas também a sustentabilidade das contas públicas a longo prazo. A divulgação dessa agenda de cortes é vista como um passo essencial para restabelecer a confiança do mercado e para atingir o objetivo de recuperar o grau de investimento do Brasil durante o mandato atual.
Os integrantes das equipes envolvidas nas discussões estão otimistas quanto ao apoio do presidente à proposta de redução de despesas, com a expectativa de que seja possível restabelecer o grau de investimento das agências de classificação de risco até 2026. Recentemente, a Moody’s indicou que avanços nas despesas poderiam levar o país a um investimento grau, o que reforçou a argumentação dentro do governo. A Casa Civil está apressando a conclusão do texto das medidas, considerando os impactos das ações e as pendências jurídicas.
As medidas propostas incluem ajustes nas emendas parlamentares e a revisão das regras de acesso a benefícios sociais, mas não se preverá a desvinculação do salário mínimo das despesas previdenciárias. Contudo, o sucesso da implementação desses cortes depende da aprovação no Congresso Nacional, onde o calendário legislativo está apertado, restando apenas seis semanas até o recesso de fim de ano para tratar de pautas complexas, como a regulamentação da reforma tributária e os projetos orçamentários para 2025.