O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que o governo não irá retomar o horário de verão neste ano. A decisão foi tomada após análise cuidadosa em reunião com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que avaliou a situação hídrica e a eficiência dos reservatórios. Silveira destacou que a discussão sobre a medida foi motivada pela severa seca que afeta o Brasil, a pior desde 1950, mas medidas anteriores permitiram um bom índice de eficiência nos reservatórios.
O horário de verão, que tradicionalmente começava em outubro e se estendia até fevereiro, visa a redução do consumo de energia elétrica durante os horários de pico, aproveitando melhor a luz natural. Contudo, a atual necessidade de acionamento das termoelétricas, que geram energia mais cara, fez com que a volta da medida fosse reconsiderada. Em setembro, o ONS sugeriu que a reintrodução do horário de verão poderia melhorar a eficiência do Sistema Interligado Nacional, especialmente entre 18h e 20h, quando a demanda é mais alta.
Silveira enfatizou que a decisão de não implementar o horário de verão foi técnica e não política, assegurando que o governo ouviu representantes de diferentes setores, incluindo companhias aéreas, que pediram tempo para adaptar seus sistemas. Apesar da não retomada este ano, o ministro deixou em aberto a possibilidade de reavaliação da medida nos próximos anos, conforme as condições energéticas do país.