O governo brasileiro anunciou que não haverá a adoção do horário de verão em 2024, decisão que visa garantir a segurança do suprimento elétrico durante os períodos de maior demanda. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou a contratação anual de usinas no modelo de reserva de capacidade, para assegurar o fornecimento de energia em momentos de pico de consumo e redução da geração solar, especialmente no início da noite. Essa medida é parte de um plano mais amplo para enfrentar a oscilação das fontes renováveis e a necessidade crescente de energia.
Para o leilão de reserva de capacidade programado para 2024, o governo deve priorizar a contratação de termelétricas e hidrelétricas, uma vez que usinas solares e eólicas não podem ser incluídas devido à sua intermitência. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) implementou um encargo para cobrir os custos das usinas de reserva, que será rateado entre todos os usuários, incluindo consumidores residenciais. O governo também está considerando a inclusão de tecnologias de armazenamento, como baterias, em um leilão separado previsto para 2025.
A implementação dessa estratégia busca equilibrar o sistema elétrico e evitar crises de abastecimento, principalmente em um contexto de seca histórica que afeta a geração das hidrelétricas. Com a antecipação da operação da usina termelétrica Termopernambuco, o encargo de potência para reserva de capacidade começará a ser cobrado já em novembro deste ano, demonstrando a urgência em assegurar a estabilidade do fornecimento de energia para o país.