O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, manifestou sua intenção de abrir um processo para extinguir o contrato com a Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia elétrica na região. A declaração veio em resposta ao apagão que afetou mais de 2,1 milhões de clientes após um temporal, com 214 mil imóveis ainda sem energia. A prefeitura da capital também entrou com uma ação civil pública exigindo o restabelecimento imediato do serviço sob pena de multa.
Tarcísio criticou a falta de investimentos e a ineficiência da empresa, mencionando que problemas semelhantes já ocorreram anteriormente, como apagões em novembro do ano passado e em março. Ele defendeu a necessidade de medidas mais rigorosas por parte de órgãos reguladores, como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Tribunal de Contas da União (TCU), destacando que a Enel não está cumprindo suas obrigações contratuais.
A Enel, por sua vez, afirmou que está intensificando os esforços para restabelecer a energia, recebendo apoio de técnicos de outras distribuidoras. O governo federal também iniciou uma auditoria na empresa, com um prazo de três dias para a normalização do serviço. No entanto, a situação gerou um debate sobre a possibilidade de uma nova licitação para a concessão de energia em São Paulo, dado o histórico de falhas da Enel em outras regiões do Brasil.