O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, manifestou, em entrevista, a necessidade de encerrar a concessão da Enel, empresa responsável pela distribuição de energia na região, após a recorrência de falhas nos serviços prestados. Ele criticou a empresa, alegando que não tem capacidade para operar no Brasil e sugeriu a abertura de um processo de caducidade, que levaria à extinção do contrato atual. A Enel é acusada de não cumprir obrigações, como a mobilização de trabalhadores após eventos climáticos adversos, e de não pagar multas impostas por órgãos reguladores.
Os impactos econômicos da falta de energia já são significativos, com estimativas de perdas de faturamento de R$ 1,82 bilhão desde o último apagão. O setor de serviços é o mais afetado, apresentando uma perda de R$ 1,23 bilhão. Além disso, o comércio sofreu perdas de aproximadamente R$ 589 milhões, destacando o dia das Crianças como um momento crítico, com R$ 211 milhões em vendas não realizadas.
Diante da situação, a prefeitura de São Paulo decidiu entrar na Justiça para garantir a restauração imediata do fornecimento de energia pela Enel, ameaçando multas diárias de R$ 200 mil caso a empresa não cumpra as determinações. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) também se comprometeu a investigar as falhas de serviço e pode recomendar a caducidade da concessão. A Controladoria-Geral da União (CGU) realizará uma auditoria para investigar as responsabilidades pela interrupção no fornecimento.