O governo brasileiro está intensificando seus esforços para repatriar cidadãos do Líbano, em resposta à escalada do conflito na região, especialmente devido às incursões terrestres israelenses e ao aumento dos bombardeios. Na terça-feira (8), o segundo voo da Força Aérea Brasileira (FAB) chegou a Guarulhos, trazendo cerca de 220 brasileiros, incluindo aproximadamente 50 crianças. A operação de repatriação é considerada delicada e envolve a colaboração de múltiplos departamentos governamentais.
De acordo com análises, o número de brasileiros que solicitam repatriação do Líbano é significativamente maior do que o de outros locais como Israel, Cisjordânia e Faixa de Gaza, com cerca de 3.000 pedidos já registrados. Estima-se que a operação possa exigir até 20 voos para atender a essa demanda. O Ministério da Defesa e o Itamaraty estão trabalhando em conjunto para organizar os voos e triagem, enfrentando desafios logísticos e humanitários devido à instabilidade na região.
A retirada está sendo realizada exclusivamente por meio aéreo, uma mudança em relação a operações anteriores que utilizavam rotas terrestres pela Síria, que ainda apresenta instabilidade política. Com relatos de vítimas brasileiras em decorrência dos bombardeios, a comunidade brasileira no Líbano, composta por mais de 20 mil pessoas, aguarda assistência urgente diante do aumento da tensão na região.