Após a aprovação de um pacote de propostas que limitam os poderes do Supremo Tribunal Federal, deputados governistas expressam preocupação com a votação do projeto de lei que propõe anistia a pessoas envolvidas nos eventos de 8 de janeiro do ano passado. A expectativa é que o projeto passe na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, onde a oposição tem demonstrado força. O texto prevê perdão para aqueles que participaram, financiaram ou apoiaram os atos de violência ocorridos, o que levanta debates sobre sua constitucionalidade e possíveis consequências para a democracia.
Aliados do governo ressaltam que a aprovação desse projeto pode beneficiar adversários políticos, uma situação negada pelos apoiadores destes. O deputado Helder Salomão argumenta que, caso a proposta avance, poderá enviar uma mensagem perigosa à sociedade, permitindo a normalização de atos de violência contra instituições democráticas. A votação do projeto foi recentemente adiada, mas a movimentação política em torno dele já era esperada e está sendo acompanhada de perto pelos parlamentares.
A presidente da CCJ, Caroline De Toni, aguarda a definição de novas reuniões para decidir a pauta da comissão. A possibilidade de que a sucessão à presidência da Câmara influencie a votação é uma preocupação adicional, pois alguns deputados condicionam seu apoio a candidatos à aprovação do projeto. Se o projeto for aprovado na CCJ, seguirá para o plenário, onde precisará da maioria simples dos votos para ser sancionado.