O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, informou que criminosos dispararam contra motoristas e passageiros na Avenida Brasil como uma tática para dificultar as ações da Polícia Militar após uma operação na Zona Norte. O ataque, que resultou em três mortes e duas pessoas feridas, foi uma estratégia deliberada do tráfico para desviar a atenção das autoridades. Castro destacou que essas vítimas não foram atingidas em confrontos, mas sim assassinadas pela facção criminosa.
O objetivo da operação policial era combater o roubo de veículos e cargas, além de restaurar serviços de telecomunicações na área. Apesar do planejamento inicial, a resposta do tráfico foi considerada desproporcional em comparação a operações anteriores. O governador também responsabilizou o governo federal pela entrada de armamentos e drogas no estado, argumentando que, mesmo com apreensões significativas, a situação continua crítica e exige apoio federal para ser efetivamente combatida.
A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa criticou a operação, apontando a falta de planejamento e o impacto negativo sobre a população local. A nota enfatizou que, além das mortes, a operação resultou em uma prisão e apreensões limitadas, com interrupções nos transportes e restrições à mobilidade dos cidadãos. A comissão questionou o uso de recursos públicos em ações com resultados insatisfatórios e a continuidade de uma abordagem bélica nas operações de segurança.