O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, anunciou que não participará da reunião convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir mudanças nas políticas de segurança pública. Em sua mensagem, Zema expressou sua insatisfação com as propostas que seriam debatidas e alertou que a reunião poderia se transformar em um momento apenas de discursos políticos, sem efetiva construção de consenso. A ausência de Zema se junta à do governador de Santa Catarina, Jorginho Melo, também crítico do governo federal.
A reunião, agendada para esta quinta-feira (31), terá como um dos principais pontos a proposta de emenda à Constituição (PEC) que visa estabelecer novas diretrizes na área de segurança. Entre as propostas do governo estão a inclusão do Sistema Único de Segurança Pública na Constituição e a ampliação das atribuições da Polícia Federal. Apesar das sugestões de mudanças apresentadas pelos governadores do Sul e do Sudeste, como revisões em requisitos para liberdade provisória e regulamentação do acesso a dados de monitoramento eletrônico, ainda não houve resposta do Ministério da Justiça.
Os governadores, preocupados com a eficácia das medidas propostas, destacam a necessidade de ajustes nas políticas de segurança que possam assegurar maior rigor nas abordagens policiais e no tratamento de crimes graves. As discussões revelam um cenário de tensão entre os estados e o governo federal, com governadores buscando condições mais claras e efetivas para combater a criminalidade, ao mesmo tempo em que criticam a falta de diálogo sobre as emendas a serem apresentadas ao Congresso.