O governador do Rio de Janeiro informou que criminosos dispararam intencionalmente contra motoristas e passageiros na Avenida Brasil, em um ato que teria como objetivo desviar a atenção da Polícia Militar durante uma operação no Complexo de Israel. Esse ataque resultou em três mortes e duas pessoas feridas, com o governador ressaltando que as vítimas não foram atingidas em troca de tiros, mas sim assassinadas por ações relacionadas ao tráfico de drogas. A operação policial visava combater o roubo de veículos e cargas, além de responder a um pedido de uma empresa de telefonia que enfrentava problemas de sinal na região.
Em sua declaração, o governador destacou que a inteligência da polícia estava ciente da situação e que a reação do tráfico foi desproporcional em comparação com outras operações realizadas na mesma área. Ele atribuiu a responsabilidade pela entrada de armamentos e drogas no estado ao governo federal, argumentando que a apreensão de 1.770 fuzis e 55 toneladas de drogas apenas neste ano evidencia a gravidade do tráfico internacional. Para que o combate ao crime seja efetivo, o governador enfatizou a necessidade de cooperação com o governo federal.
Por outro lado, a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa criticou a operação, atribuindo as mortes a uma falha do planejamento estatal. A comissão argumentou que o resultado da ação foi insatisfatório, com apenas uma prisão realizada e duas granadas apreendidas, enquanto a população local enfrentou consequências graves, como interrupções no transporte e restrições ao direito de ir e vir. A crítica se concentra no uso de recursos públicos em operações que, segundo eles, são ineficazes e prejudiciais à comunidade.