O Goldman Sachs iniciou a cobertura das ações da Marfrig (MRFG3), que já acumulam uma alta de 41,5% neste ano, com recomendação de compra e um preço-alvo de R$ 18,10, o que representa um potencial de valorização de 32% em relação ao fechamento da última quinta-feira. A análise do banco destaca a expectativa de um balanço patrimonial mais robusto e um desempenho superior da carne bovina nos Estados Unidos, além de uma forte presença no mercado sul-americano. No início do dia, os papéis da Marfrig apresentaram uma valorização de 5,83%, cotados a R$ 14,53.
Os analistas apontam que a recente valorização das ações da Marfrig está atrelada à performance da BRF (BRFS3), apesar de uma desvalorização de 34% no segmento de carne bovina desde 2022, devido a preocupações sobre a situação financeira do setor nos Estados Unidos. O relatório prevê que a alavancagem da Marfrig deve melhorar nos próximos 18 meses, com a National Beef, sua controlada, mantendo um EBITDA positivo e fluxo de caixa livre, possibilitando a continuidade da distribuição de dividendos nos anos de 2025 e 2026.
Além disso, o Goldman Sachs acredita que o Brasil continuará a se beneficiar da boa disponibilidade de gado e de um poder de precificação favorável, com a penetração de produtos de marca na carteira doméstica da Marfrig aumentando para 40 a 50%. O relatório também menciona que as recentes aprovações antitruste devem facilitar a venda de ativos da empresa para a Minerva até o final do ano, com a expectativa de que uma melhora na alavancagem se torne um catalisador para o desempenho positivo das ações no curto prazo, enquanto uma reavaliação do segmento pode ocorrer a médio prazo.