Goiânia pode enfrentar uma crise de abastecimento de água caso as chuvas esperadas para o final de outubro e início de novembro não se concretizem. Apesar de algumas precipitações recentes, elas não foram suficientes para evitar o racionamento. Especialistas alertam que a situação dos mananciais que abastecem a cidade é preocupante, com a possibilidade de entrar em um nível crítico se as chuvas não se regularizarem até o dia 10 de outubro. As autoridades estão monitorando de perto as condições climáticas, com expectativa de que a regularização ocorra na primeira quinzena de novembro, aumentando os níveis dos rios e mitigando o risco de desabastecimento.
Mudanças climáticas têm impactado o regime de chuvas no Brasil, especialmente no Centro-Oeste, levando a uma variação nos padrões de precipitação. A dependência do país em fontes hídricas para a matriz energética caiu de mais de 90% para cerca de 60%, mas ainda não há uma política de cobrança tarifária equivalente no setor de abastecimento de água. Essa situação levanta questões sobre a gestão dos recursos naturais e a necessidade de investimentos em infraestrutura, como reservatórios, para lidar com secas prolongadas e aumentar a infiltração de água no solo.
A gestão dos recursos hídricos no Brasil envolve a colaboração de diversas entidades, incluindo secretarias estaduais e comitês de bacia hidrográfica, que são essenciais para garantir o uso sustentável da água. Esses comitês realizam análises da disponibilidade hídrica e orientam a alocação de recursos para novos projetos, visando aumentar a oferta e melhorar a qualidade da água. A legislação e a fiscalização também desempenham um papel crucial na implementação eficaz dos planos de gestão, evitando problemas de racionamento e garantindo a disponibilidade de água para todos os setores da sociedade.