O setor de infraestrutura no Brasil está passando por um momento de intensa atividade, com gestores destacando a importância de projetos em energia, saneamento e rodovias. Samuel Santos, da AZ Quest, observa que, embora haja uma boa oferta de projetos, o maior desafio para os fundos é a instabilidade do mercado, que já provocou crises de liquidez no passado. Essa situação requer cautela, especialmente em um ambiente onde muitos veículos de investimento não são considerados ideais para o setor.
Além disso, Giancarlos Gentiluomo menciona que a atual alta nas taxas de juros tem levado os investidores a reavaliar suas opções de investimento. A seletividade na escolha de projetos se torna fundamental, com os gestores mantendo um foco rigoroso na busca pelos melhores ativos, mesmo em um cenário competitivo. Eles enfatizam que, embora a energia elétrica continue a ser um setor predominante, há uma preferência por ativos que não dependam exclusivamente de incentivos governamentais.
No agronegócio, o setor permanece atraente, apesar dos impactos de eventos climáticos adversos. Os gestores reconhecem que, embora as intempéries tenham afetado a produção, a classe representa uma parte significativa do PIB brasileiro e continua a ser uma potência nas exportações. Contudo, a gestão dos fundos nesse segmento deve ser ajustada, levando em conta a exposição a recuperações judiciais, para garantir sua robustez e viabilidade a longo prazo.