Nos últimos meses, o Brasil enfrentou um período de seca e calor que resultou em um aumento nas contas de energia elétrica. Apesar desse desafio, a geração de energia renovável respondeu por 90,4% da demanda elétrica nacional entre agosto e setembro, conforme dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Dentre as fontes renováveis, a energia solar destacou-se, representando 9,6% do suprimento total. As fontes renováveis são consideradas inesgotáveis e desempenham um papel crucial na mitigação da emissão de poluentes e na redução das tarifas de energia.
A partir de outubro, as concessionárias de energia elétrica implementaram a bandeira vermelha patamar 2, o que elevará os custos para os consumidores em quase 8%, devido à ativação de termelétricas fósseis emergenciais. A ABSOLAR alertou que, sem as fontes renováveis, as tarifas seriam ainda mais altas e o risco de abastecimento aumentaria, com impactos negativos significativos no meio ambiente. Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, ressaltou a importância das fontes renováveis na manutenção de tarifas mais baixas e na redução da poluição.
No contexto global, em 2023, a geração de eletricidade a partir de fontes renováveis superou 40%, com a energia solar e eólica respondendo por uma parcela significativa. Investimentos em energia limpa totalizaram US$ 313 bilhões no primeiro semestre de 2024, reforçando a tendência de transição para uma matriz energética mais sustentável. A crescente participação da energia renovável está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que promovem o acesso à energia limpa e acessível.