Os países do G20, que representam cerca de 85% do PIB global, destacaram em um documento final a necessidade de um uso ético da inteligência artificial (IA) na educação, enfatizando a diversidade, equidade e inclusão. O texto, que será anexado à Declaração dos Líderes do grupo, ressalta a importância de envolver educadores e alunos no desenvolvimento de recursos digitais que complementem o ensino presencial. Além disso, discute a necessidade de promover a educação digital e a alfabetização midiática, alinhando essas práticas ao desenvolvimento do pensamento crítico e da cidadania digital.
O documento também aborda a valorização dos professores, reconhecendo a crescente preocupação com a falta de interesse dos jovens pela profissão e o risco de escassez de educadores. Para enfrentar esse desafio, o texto sugere iniciativas voltadas para o recrutamento, retenção e desenvolvimento profissional contínuo dos docentes, buscando garantir melhores condições de trabalho. A importância da colaboração entre escolas e comunidades para uma educação inclusiva e sustentável também foi enfatizada nas discussões.
Apesar de importantes avanços, a questão do financiamento da educação não foi incluída no texto final, embora tenha sido abordada em discursos, indicando um tema que ainda demanda atenção. O Grupo de Trabalho em Educação, parte da Trilha de Sherpas do G20, participou de discussões que culminaram na proposta de parágrafos a serem apresentados na Cúpula de Líderes, marcada para novembro de 2024 no Rio de Janeiro. As deliberações evidenciam o compromisso dos países em unir esforços para enfrentar desafios educacionais globais, especialmente em um contexto de rápidas transformações tecnológicas.