O furacão Oscar, com ventos de 139 km/h, deve atingir Cuba neste domingo, exacerbando uma crise que já se intensifica com apagões generalizados e escassez de alimentos e medicamentos. A ilha enfrenta sua pior crise em três décadas, e a iminência do furacão representa uma ameaça adicional ao bem-estar da população. Enquanto o presidente Miguel Díaz-Canel assegura que as autoridades estão mobilizadas para proteger a população, os cubanos já enfrentam um apagão geral que começou três dias antes, devido a problemas crônicos no sistema elétrico.
A situação energética é crítica, com um déficit que chegou a 50% na última semana. Embora 16% dos consumidores já tenham tido a eletricidade restaurada, o sistema elétrico nacional opera em condições difíceis, com a maior parte da infraestrutura necessitando de combustível. Os cortes frequentes de energia têm gerado descontentamento e incerteza entre a população, que enfrenta altas temperaturas e dificuldades cotidianas, como a falta de ventilação e transporte público.
Cuba, que já havia sofrido um apagão generalizado após o furacão Ian em 2022, se vê mais uma vez à mercê de condições climáticas extremas e de uma crise estrutural que afeta todos os aspectos da vida dos cidadãos. O governo tenta restaurar a normalidade, mas a insatisfação e a frustração entre os cubanos são palpáveis, à medida que as promessas de melhorias no fornecimento de eletricidade se tornam cada vez mais urgentes.