O furacão Oscar, com ventos de até 139 km/h, está prestes a atingir Cuba neste domingo, agravando a crise que já atinge o país, marcado por um apagão geral que se estende por três dias. O presidente Miguel Díaz-Canel afirmou que as autoridades estão mobilizadas para proteger a população e os recursos econômicos, uma vez que a ilha enfrenta a pior crise em 30 anos, caracterizada pela escassez de alimentos e medicamentos, além de inflação crescente. As previsões indicam fortes chuvas acompanhando a tempestade, o que pode piorar ainda mais a situação.
A crise elétrica, que se intensificou com um corte de energia que começou na última sexta-feira, afetou a vida dos 10 milhões de habitantes da ilha, que já enfrentam dificuldades devido a um histórico déficit energético de 30%, que chegou a 50% recentemente. Os moradores de Havana, por exemplo, têm relatado noites quentes e desconfortáveis devido à falta de ventilação, enquanto os serviços de transporte também enfrentam grandes dificuldades. A escassez de eletricidade tem gerado crescente descontentamento entre a população, com muitos expressando frustração e cansaço em relação à situação.
Historicamente, cortes de energia têm sido um fator catalisador para protestos, como os que ocorreram em julho de 2021. A infraestrutura elétrica cubana, que inclui centrais termelétricas em estado precário, continua a ser um desafio, especialmente com o agravamento da situação climática e a necessidade de combustível para a geração de eletricidade. O país ainda se recupera de apagões anteriores, como o que ocorreu em setembro de 2022, após a passagem do furacão Ian, que levou dias para ser completamente resolvido.