Ventos fortes causaram sérios danos em Cuba, com o furacão Oscar provocando a morte de seis pessoas e deixando a maior parte da população sem eletricidade. O governo informou que, após a passagem do fenômeno, que se transformou em tempestade tropical, apenas 36% dos 10 milhões de habitantes tinham o fornecimento de energia restabelecido. A situação é crítica, especialmente em municípios como San Antonio del Sur e Imías, onde as equipes de resgate ainda enfrentam dificuldades para acessar algumas áreas afetadas.
Na capital, Havana, quase todos os moradores recuperaram o fornecimento de eletricidade, trazendo alívio para a população. Entretanto, muitos cidadãos ainda enfrentam desafios diários, como a falta de água e gás devido ao apagão que atingiu o sistema elétrico nacional. O presidente do país reconheceu a complexidade da situação energética e destacou os protestos que surgiram em resposta à crise, com moradores se manifestando nas ruas em busca de melhores condições.
Cuba está passando por uma das piores crises econômicas em três décadas, exacerbada pela escassez de alimentos e medicamentos, inflação elevada e apagões crônicos. O governo declarou emergência energética após o colapso da central termelétrica Antonio Guiteras, fundamental para a geração de eletricidade na ilha, que depende de fontes desgastadas e combustíveis importados para sua produção energética. A situação atual ressalta a fragilidade do sistema e a necessidade urgente de medidas eficazes para enfrentar a crise.